A expressão fusões e aquisições é utilizada, genericamente, para se referir ao um conjunto de operações que compreende a compra (total ou parcial) de empresas, venda de empresas e processos de fusão.
Estas operações são importantes para qualquer economia desenvolvida pois permitem que as empresas alavanquem o seu crescimento num período temporal mais curto quando comparado com processos de crescimento orgânico.
Fusões e aquisições tendem a imprimir à economia uma dinâmica de crescimento e consolidação das empresas, resultado de organizações mais competitivas nacional e internacionalmente, com mais capacidade de investimento, mais inovadoras e mais resilientes.
Tanto em Portugal como além-fronteiras, o número de fusões e aquisições continua a bater recordes. De acordo com o relatório da Transactional Track Record, desde o início de 2017 e até ao final do mês de outubro já se tinham registado, em Portugal, 241 transações respeitantes a fusões e aquisições, que alcançaram um valor total superior a EUR 9,4 mil milhões.
O aumento do número de fusões e aquisições em Portugal não será alheio à recuperação da economia, à globalização dos mercados e ao aumento do investimento direto estrangeiro verificado assim como ao aumento do número de investimentos nas modalidades private equity e venture capital.
Uma questão central, que algumas empresas ou empresários fazem a si próprios, quando se estruturam planos de crescimento é a seguinte: será melhor adquirir no mercado uma outra empresa (capacidade tecnológica, produto, serviço, mercado, portefólio de clientes) ou, por outro lado, será mais benéfico construir e fazer crescer a empresa internamente? A resposta não é óbvia nem tão pouco linear e exige uma análise ponderada dos seguintes fatores:
Considerando o investimento em fatores de produção (crescimento orgânico), esta poderá ser uma boa alternativa estratégica comparada com fusões e aquisições, particularmente quando a empresa goza de uma boa notoriedade, é competitiva no mercado e tem um quadro técnico motivado e capaz de executar um plano de crescimento. Por outro lado, pode resultar num crescimento mais demorado em relação a um crescimento com base em fusões e aquisições e não permitir adquirir determinados ativos/fatores que uma empresa almeja.
Atentando no crescimento por fusões e aquisições, esta poder ser uma boa opção tendo em vista a entrada num novo mercado ou lançamento de novo produto, especialmente se a velocidade de penetração no mercado e escala forem fatores críticos de sucesso e existir disponibilidade de capital a um custo razoável. Todavia, fusões e aquisições poderão afigurar-se um processo mais arriscado, particularmente, nos casos em que existam problemas de integração com a equipa ou nas relações com clientes.
As abordagens para o crescimento das empresas são tão diversas quanto o número de empresas ou gestores. Crescer organicamente ou por intermédio de fusões e aquisições pode ser uma estratégia válida para qualquer empresa. O importante é a empresa planear a estratégia e executá-la de forma rigorosa.
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