Nos dias de hoje, as transações são cada vez mais sofisticadas e complexas, incluindo, por exemplo, mecanismos de ajustamento de preço em função do cumprimento do business plan da empresa, relegando, por vezes, a expectativa inicial de Valor de uma Empresa para segundo plano.
A avaliação da empresa é muito importante num processo de venda, todavia, os resultados da avaliação não deverão ser o foco único na negociação de uma transação.
A parte vendedora tende a “agarrar-se” em demasia ao valor de avaliação, esquecendo que os restantes termos de negócio assim como a própria estrutura da transação, poderão ser tão ou mais importantes do que o valor que resultou da avaliação.
Apenas quando é apresentado o term sheet (documento apresentado pelo comprador que sumariza os termos e condições propostas para a transação), é que o vendedor se consciencializa que há outros aspetos que poderão fazer a diferença. Além do chamado valor de entrada (se existir), é ainda importante ter em atenção aspetos como o Governance na pós-transação, a política de dividendos ou até os mecanismos de saída.
Para que uma transação se torne efetiva, é necessário que que as prioridades e expectativas de cada parte e o peso dos riscos assumidos por cada lado sejam levados em linha de conta. É imperativo que esta mensagem seja transmitida de forma clara para que a estrutura negócio proposto seja um win-win.
Em função das expectativas do vendedor e do perfil do comprador, é possível desenhar vários cenários para uma eventual transação:
Por um lado, não existem pressupostos rígidos que ditam o Valor de uma Empresa e, por outro lado, existe uma infinidade de possibilidades de encarar a estrutura de uma transação: com propostas mais ou menos criativas. Para maximizar as possibilidades de um entendimento, o importante é que cada uma das partes comunique claramente seus interesses e expectativas.